domingo, 6 de maio de 2012

Vida corrida.

Outro dia mesmo começava o ano e já ouvi, aqui, que estamos quase no meio dele. E o pior é que é verdade.

O que me consola é que sempre dá para aprender algo novo, como por exemplo, uma coisa que eu juro que não sabia: o coletivo de borboleta. Você sabia que é "paná-paná"? Pois é, nunca ouvi ninguém dizer: "veja, um paná-paná!"

Também gostei de dar risada com um vídeo bizarro, no Youtube, que explodiu de sucesso, sem que eu entendesse o por quê, mas pouco importa, eu dei risada também. Sim, o tal do "Pra Nossa Alegria", cantado por uma família de evangélicos, acho, desafinadíssimo... e colocam a culpa no menino do violão, que com sua cara de pau, resolve berrar o refrão. Gente, tem um milhão de covers do negócio.

Fico a pensar... como é engraçada a humanidade tem hora.

Eu mesmo resolvi gravar uma história de 20 segundos usando um aplicativo do iPhone, aquele do cachorrinho sentado lendo jornal. Coloquei voz no bicho, como muitos fazem. Na minha história, ele confessava que foi quem atirou o pau no gato, xingando a tal da dona Chicacá, "uma falsa" que depois que mandou o cachorro fazer isto ficou toda arrependida. Qual não foi meu espanto quando, um mês depois de publicado no Youtube, vi que mais de 220 mil pessoas acessaram essa brincadeira e colocaram comentários engraçados. Gostaram! Que coisa, isso.

Por falar em novidades, ouvi esta do meu filho: "sabe o que a bactéria disse ao chegar no pet-shop?" Fiquei pensando no que uma bactéria poderia querer em um pet-shop além de infectar os bichos. A resposta: "mitose".

Eu, que costumo dizer que são poucas as coisas que hoje me espantam (o que é perigoso, sinal de velhice, pois minha avó dizia isso e morreu há tanto tempo), espantei-me semana retrasada com as belezas do México, mais exatamente, com a beleza de Teothiuacán, a cidade das pirâmides, a alguns quilômetros da capital. Foi muito bom ir, fotografar, comprar esculturas de obsidiana (cujo nome levei duas semanas para aprender). Foi bom tomar sangrita, uma mistura, dentro da boca, de suco de tomate, suco de limão e.. tequila. Um tiro. Fora as margueritas. Acho que bebi em um dia o que não bebi o ano de 2011 todo. Quero registrar também a emoção quando vi de perto a Virgem de Guadalupe. É de emocionar, mesmo a um como eu. Fiquei fã, ou devoto, como desejem.

Agora, o que tem me tomado mesmo o tempo é o trabalho. Desculpem-me os reclamões da segunda-feira, mas que estranho... eu gosto de trabalhar, verdade. Sou anormal.
Dou meus cursos, participo dos workshops, curto as avaliações, fazer amizades. É legal.
Venho sentindo que meu tempo está cada dia correndo mais e chegando mais perto o paredão da aposentadoria. Não gostaria de parar. Aceito sugestões.

Depois desse resumo das coisas que me tocaram nos últimos dias, atrevo-me a dizer que ando enjoado de facebook e de temas como cachoeirices e corrupções. Vi, andando por aí, que existem milhões de esquemas corruptos aqui e fora daqui e que o Brasil não é o pior lugar nesse aspecto, apesar da barra ser pesada. Assim, me canso de ouvir que o problema é nosso. Não é, é global. O que se precisa fazer é combater sem dó, nem preguiça. Mas não estamos sozinhos nessas coisas não, nem de longe. Nem de perto.

E fui.