domingo, 14 de abril de 2013

Comprimidos para não sonhar

Em minhas aulas de Espanhol, a professora me indicou uma letra de música para estudar. A beleza da letra é tanta que quis compartilhá-la aqui.

É de Joaquín Sabina e se chama Pastillas para no soñar

Si lo que quieres es vivir cien años
no pruebes los licores del placer.
Si eres alérgico a los desengaños
olvídate de esa mujer.
Compra una máscara antigás,
manténte dentro de la ley.
Si lo que quieres es vivir cien años
haz músculos de cinco a seis.

Y ponte gomina que no te despeine
el vientecillo de la libertad.
Funda un hogar en el que nunca reine
más rey que la seguridad.
Evita el humo de los puros,
reduce la velocidad.
Si lo que quieres es vivir cien años
vacúnate contra el azar.

Deja pasar la tentación
dile a esa chica que no llame más
y si protesta el corazón
en la farmacia puedes preguntar:
¿Tiene pastillas para no soñar?

Si quieres ser Matusalén
vigila tu colesterol
si tu película es vivir cien años,
no lo hagas nunca sin condón.
Es peligroso que tu piel desnuda
roce otra piel sin esterilizar,
que no se infiltre el virus de la duda
en tu cama matrimonial.

Y si en tus noches falta sal,
para eso está el televisor.
Si lo que quieres es cumplir cien años
no vivas como vivo yo.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Pesquisas de clima: diferencial competitivo?


Empresas dependem de pessoas. Grande novidade. No entanto, parece que não se vê uma coisa tão óbvia com naturalidade.

O advento de incríveis tecnologias não afastou as pessoas, nem um milímetro, do ambiente produtivo, antes pelo contrário, passou a exigi-las,  porém com toda a  força de seus potenciais.

Há algum tempo apenas cérebros (e não braços) são contratados. E há menos tempo só se  contratam cérebros inovadores,  forjados mais na atitude que na formação curricular.

Máquinas podem escrever, calcular, montar coisas, empacotá-las, analisar gráficos e reunir dados. No entanto, centenas de pessoas seriam alijadas do processo produtivo se as empresas não dependessem tanto de costante inovação. 

Inovação é a palavra. Hoje as pessoas são desafiadas a apresentar soluções criativas com menos custos e mais resultados. Eficácia é inovaçáo.  E vice-versa.

E só pessoas inovam.

Não obstante,  colaboradores criativos perto de diretores e outros altos gestores, acabam vivendo um ambiente mais competitivo, abafado ou ostensivo, pois todos querem ter projetos aprovados. Jovens da geração Z e Y têm pressa, querem subir, coordenar, ter suas ideias implementadas. 

 Assim,  pesquisar o clima organizacional passa a ser imperativo.

 Parece simples melhorat o clima entre funcionários operacionais. Não é difícil tratá-los melhor,  administrar pressões, alternar horários, privilegiar a família, melhorar a alimentação,  reformat o transporte e estabelecer premiações mais justas.  Só que não é simples, precisa partir de gestores sensíveis a mudanças e atentos à inovação.

Mesmo na produção,  hoje, as pessoas vêm buscando chances de crescimento. Já estudam mais e desejam trabalhar estrategicamente. Como administrar tantas ansiedades?

E o desafio é maior nos setores que se obrigam a apresentar soluçōes. Entre coordenadores de projetos, "marketeiros", supervisores e gerentes, os motivadores são mais complexos. A estas pessoas são mostradas , mesmo tacitamente,  maiores possibilidades de galgar os comandos, quem nem sempre estão disponíveis a todos.  Seus desafios são sempre elevados.

A luta pela ascensão e aceitação de ideias pode se tornar um martírio para os mais comprometidos com um futuro de liderança corporativa. A falta de  perspectivas imediatas ou minimamente claras pode ser um sinalizador de desânimo e de iminente baixa produtividade, especialmente no campo da inovação. E o que fazer? Perder talentos para a concorrência?

Pesquisas de clima devem priorizar a intimidade de cada departamento, por menor que seja, para entender as peculiaridades das vísceras da organização.

A junção das pesquisas viscerais permite perspectivas. Assim teríamos como saber onde estão os gargalos na convivência pouco produtiva e inovadora entre os colaboradores.

É a partir das células que se interfere no organismo.  

Deve  ser um exercício extenuante de adivinhação elaborar perguntas  pertinentes a todos os departamentos ao mesmo tempo,  todos com características tão específicas. As respostas, muitas vezes, podem vir mascaradas por percepções pouco realistas de um todo que poucos conhecem.

A nosso ver, empresários que não se atentarem para o clima de sua organização a partir de percepções mais íntimas podem colocar em xeque a manutenção de seus negócios. 

Ninguém duvida que  produtos e serviços acabam sendo parecidos e que somente pessoas podem agregar valor que mostra onde moram as  diferenças. E essas pessoas? Sabem por que fazem as coisas? São perguntadas quanto ao que pensam da empresa, sua missão e seus valores? Sabem para o que contribuem?

A busca do melhor clima organizacional, com implementação competente das necessidades detectadas em pesquisas bem dirigidas, pode fazer bem à imagem das organizações,  como resultado das atitudes dos que atuam nelas. 

Somente gente mostra porque se justifica a existência de uma organização e do que ela produz em um mundo onde tantos fazem todo dia coisas tão parecidas.